Pelo direito de ser diferente

Para muitos: “o gato subiu no telhado”; para mim: “a galinha voou até o muro” simplesmente porque eu desisti de ser igual a todas as outras pessoas.

Não quero ser mais uma entre tantos por aí. Não quero ter a obrigação de casar, ter filhos, um labrador e um mega cargo em uma multinacional antes dos 30 anos de idade. Porque quem disse afinal que está é a fórmula do sucesso e da felicidade?

Eu joguei fora todos os cálculos e mapas do sucesso para apenas tentar ser feliz. Sem rótulos e pré conceitos, deixando de lado todas as fôrmas prontas e escritas pela sociedade, resolvi eu mesma criar a minha própria fórmula do sucesso.

Ser eu mesma. Simples assim. Sem a necessidade da busca infinita (e cansativa!) de agradar a todos, agredindo às minhas vontades. Sem dizer “sim”quando quero dizer “não”e sem tentar encaixar e forçar aquilo que não flui de maneira natural.

Hoje posso ser eu mesma porque me aceito exatamente do jeito que eu sou. E não preciso da aprovação de mais ninguém porque minha alma consegue ser feliz assim. Calço 35 com a delicadeza de um pé 40; odeio fazer exercícios físicos, falo como uma vitrola quando estou feliz e devoro quilos de chocolate e pão de queijo quando estou triste; sou maluca por limpeza e adoro dormir no sofá. Apóio o óculos de grau na cabeça e já pensei em ter um peixe mas logo desisti quando me lembrei que já matei um.

Já sofri por amor e descobri que ninguém morre por causa disso. Acredito que quando aceitamos nossos defeitos e fraquezas, o mundo se torna um lugar mais habitável porque passamos a encarar a vida de forma mais real, mais palpável. Absorvemos tudo aquilo que não podemos mudar e deixamos nossos espíritos mais leves e plenos.

Porque no fim das contas, qual é a graça de ser igual a todo mundo?

Galinhas de angola brancas (raras e exóticas) voando para o alto do muro, em um momento “extravasa, libera e joga tudo pro alto”, nos provando que o que importa mesmo é ser feliz 🙂