Fechei os olhos. Estava cansada. Respirei fundo. E quando acordei, já tinham se passado três anos. O que eu fiz ao longo desse tempo todo que não vi o tempo passar? Em que momento deixei de cuidar da minha saúde, dos meus amigos, praticar esportes, ler livros e ligar para a minha vó?
Se deixei de fazer tantas coisas importantes durante este tempo, o que estava fazendo afinal? Quais foram as coisas com as quais me ocupei que sequer me lembro de sua importância ao longo destes anos? Quantas vezes perdi o fôlego ou ri até a barriga doer? Não sei. Mas acredito que independente da quantidade, poderiam ter ocorrido mais vezes. Eu poderia ter deixado para lá muita coisa: brigas bobas, calorias de comidas ruins ou lágrimas por quem nunca mereceu que fossem derrubadas. Deixei de ver paisagens, visitar amigos, conhecer novas pessoas, começar um novo seriado e curtir um domingo de sol no parque só por causa da preguiça.
Hoje, depois de tanto tempo percebo que nunca é tarde para mudar ou até mesmo recomeçar de onde paramos, de maneira diferente. Se arrepender faz parte do processo de aprendizagem mas insistir no erro é burrice e mostra total falta de coragem. Afinal, o que tem impede de começar? Será que o medo é maior que a recompensa que possa aparecer?
Será que vale a pena ficar pensando no “e se…” ao invés de arriscar, tentar e se arrepender por ter feito depois? Realmente tenho dúvidas e hoje penso cada vez menos em hipóteses. Viver com suposições e incertezas é muito subjetivo e o medo de algo dar errado nos faz perder algo que possa ser realmente incrível. É preciso parar de achar que a tentativa pode dar errado. Às vezes a gente precisa deixar o cérebro de lado e usar mais o coração. Você já pensou que pode dar certo? E se der muito certo?
Na dúvida, abra os olhos, conte até dez e vá. Porque se fechar os olhos pode perder o que vem pela frente.
BRAVO!!!!!!!