Como sobreviver em tempos difíceis

Ontem tomei uma decisão super difícil na minha vida. Dispensei a empregada. Sim, é triste, mas é verdade. Depois de refazer as contas do orçamento mensal, cheguei à conclusão de que não precisava de uma empregada três vezes na semana, com registro e vale transporte. Tenho tanta conta pra pagar no mês que no final das contas ter uma funcionária não tinha mais sentido para uma pobre proletária como eu. Até o momento não me arrependo. Ok, ainda nem se foram dois dias completos, mas depois da semana de conjuntivite dela, comecei a observar melhor os detalhes de casa e percebi que a limpeza não estava “assim, aquela Brastemp” sabe?

Então, o negócio é arregaçar as mangas e ir em frente. Fiquei ontem à noite assistindo à novela e passando a roupa do final de semana ao mesmo tempo, enquanto a máquina de lavar trabalhava com a roupa que usei durante o dia. E hoje, no maior pique, acordei às 05h da manhã – você não leu errado. CINCO DA MANHÃ – para fazer limpeza. Passei vassoura, pano, rodo e tudo o que tinha direito. Esfreguei o chão e lavei os banheiros. Só não passei aspirador de pó porque fiquei pensando nas boas maneiras do condomínio. Acho que não iria ser agradável ser acordado de manhã com o barulho de aspirador do vizinho. Ok, deixo essa parte para quando chegar em casa.

Mas a certeza de que tomei a decisão certa veio quando fiz o teste do quadro. Passei o dedo em cima da moldura e veio todo aquele pó. Realmente. Eu precisava ser uma dona de casa de verdade. Não basta trabalhar fora, temos que prestar atenção aos detalhes de casa também. Ainda estou pensando em ter uma faxineira uma vez por semana para fazer uma limpeza mais pesada, mas o fato é que não podemos tirar o olho dos cantos das paredes e embaixo dos tapetes; a gente pode se surpreender.

Lição do dia: nunca deixe para os outros fazer o que nós podemos resolver.