A pior invenção de todos os tempos

E depois de descobrir o que é bom e prazeroso em uma casa, consegui avaliar também o que é (muito) ruim para a vida de qualquer pessoa: a balança.

Sim,  famosa balança digital que todo mundo tem no banheiro. E ela é tão cruel que nos critica sem dó, nos fala a verdade nua e crua, aponta nossos defeitos e ainda nos faz chorar. E por mais que a gente sempre saiba o resultado, sempre subimos na balança na esperança de encontrar um número menor do que da última vez que lhe fizemos uma visita.
E, no meu caso, parece que o número só fica maior. Não adianta ficar pelada, em jejum, antes do banho, depois de ir ao banheiro ou entre as refeições. O número não vai mudar.  Já tentei todos os métodos e ele continua lá; o que são alguns gramas pra quem precisa perder vários quilos? Para quem mexe com matemática, contabilidade, estatística e afins é apenas uma variância dentro de um limite aceitável.
E para melhorar a situação, namorido comprou (óbvio que não fui eu que comprei isso!) a modernidade em forma de balança e o terror de todas as mulheres: ela mede índice de massa corpórea, massa de gordura, óssea e muscular. E ainda teve a cara de pau de vir descrita na embalagem “quatro sensores de alta precisão”. Alta precisão. Que tipo de atrativo é esse? A danada ainda tem memória e me chama de P2 (P1 é o namorido…). Aposto que quando eu chego perto ela pensa “iiihhh lá vem a gordinha de novo achando que alguma coisa mudou…”. Nada vai mudar enquanto não parar de comer morango com leite condensado diariamente…
É. Foi-se o tempo em que as balanças eram apenas medidoras de peso. Hoje elas medem a gordura e amanhã irão dar palpite em nossa geladeira.

Lição do dia: me livrar da balança antes que eu entre em depressão.