Estou naquela idade crítica em que quase metade dos meus amigos está casando e a outra metade está planejando ter filhos. Faço parte da exceção que não pensa em criança, não casou e sequer tem namorado. Aquele ponto fora da curva que não vive em uma união estável e gastou parte do décimo terceiro salário com a viagem de Carnaval.
Minha mãe já teve seus dias de esperança em ganhar um neto e de preocupação em pensar que poderá não ser avó. Minhas tias sempre me perguntam se já apareceu algum namoro sério para apresentar à família e minha madrinha mantém minha foto junto ao Santo Antônio. Amém.
A questão é que nunca gostei de ser a regra. Sempre usei tênis colorido e até já raspei o cabelo. Era da turma da bolinha de papel na escola, não levo o menor jeito com animais e ainda hoje não consigo me imaginar usando um véu em frente a um padre. Adoro pagode, sertanejo e todo o conteúdo brega que está incluso; não sei dançar, mas isso nunca me impediu de sair pulando por aí.
Passei alguns anos tentando me encaixar. Ser a pessoa meiga e dona de casa que todo marido sonha em ter. Ser aquela esportista e vida saudável que meu médico quer ver. Mas depois de tanto tentar, cansei. Romantismo e delicadeza nunca fizeram parte do meu vocabulário e mesmo assim digo “eu te amo” sempre que tenho vontade. Já tive encontros desastrosos no Tinder mas que nunca me fizeram desistir de querer marcar o próximo.
Azar daquelas pessoas que não me compreendem. E infelizes aqueles que passam a vida tentando se encaixar às regras mesmo sem ter a certeza de que é realmente aquilo que querem para si.
Defendo a liberdade. De expressão, de caminhos, escolhas e de vida. Quero muito encontrar o amor verdadeiro mas isso não significa que devo ficar de olhos e portas fechadas até encontrá-lo. Se engana quem acha que o amor perfeito é aquele que segue regras.
Enquanto houver Carnaval, ainda haverá alegria, paixões, amigos e exceções que, assim como eu, buscam algo além. E sorte a minha, que tenho algumas exceções para me acompanhar nessa jornada e que estarão presentes por muitos outros Carnavais.
Garota você é DEMAIS…linda …inteligente…sincera…amorosa…amiga…companheira…batalhadora…enfim um verdadeiro TESOURO…
Minha linda …. A Felicidade ,a Alegria nunca exigiram Regras .
Portanto não se curve às espectativas sociais e familiares ……continue a ser o que sempre foi .
Beijos
E depois do Carnaval……..
Regras são estereótipos, imposições, posições e tradição de uma sociedade que não sabe muito bem para onde está indo. Fugir a ela representa mudar, desbravar e se arriscar. Me parece algo muito mais interessante do que o óbvio!