É incrível como ao longo do tempo nossa memória vai se tornando cada vez mais seletiva para guardar apenas os momentos mais importantes vividos ao logo de nossas vidas. De alguma forma maluca (ou ainda que exista explicação científica), nosso cérebro escolhe apenas o que iremos carregar para sempre.
Tudo aquilo que está em nossa memória afetiva {seja em forma de fotos, objetos, pessoas ou momentos} é sempre lembrado por um suspiro que de certa forma sempre acalma nossos corações. Não sei como, mas a vida se encarrega de deixar para trás e, muitas vezes esquecer, o que não foi bom e não nos fez bem e guardar em uma caixinha de música o que deixou nossos dias mais felizes.
O primeiro brinquedo e meus primeiros amigos. As brigas para ser a Barbie mais bonita. O cavalo de madeira que meu avô fez para mim. Os vidros de palmito que minha vó comprava. E o pastel caseiro que meu tio fazia. O sofrimento da minha irmã quando eu queria ser sua manicure. E da minha mãe para separar as brigas porque o esmalte não saía. Meu trote na faculdade e a paciência da minha prima para me ensinar a dirigir. O primeiro emprego e um chefe que me ensinou Excel.
Parece um filme bom de ser visto sempre quando bate um aperto. Porque toda vez que a gente perde as esperanças ao passar por uma situação difícil e às vezes impossível de ser resolvida, nos apegamos aos momentos bons e, de certa forma, eles nos fazem acreditar que a vida é boa e que estamos cercados de pessoas e momentos tão maravilhosos que tiramos forças para superar qualquer problema.
E este final de semana eu ganhei a maior lembrança que poderia receber. Minha vó, madrinha e um dos meus maiores exemplos me deu a cadeira de balanço do meu avô. Esta cadeira foi um presente que eles ganharam na década de 60 e, desde então acompanha a família e sua tragetória. A cadeira das manhãs de domingo e dos jornais do meu avô; a cadeira das mamadeiras dos netos e do colinho da vó. Nesta cadeira, se sentava o papai noel para distribuir os presentes na noite de Natal e também meus primos para abrir seus ovos de páscoa. Com muita história e muito amor, recebi este presente para dar continuidade à história da minha família e à lembrança dos meus avós.
E encontrei um lugar perfeito para ela em minha casa, para que eu possa sempre me lembrar da importância da minha família em tudo o que conquistei até hoje. Agora, passado, presente e futuro caminham juntos neste novo destino que foi dado à cadeira. Cabe a mim continuar estas memórias e criar novas histórias…
Não podemos deixar de viver o presente para ficar sempre lembrando do passado. Mas em algumas situações estes tempos verbais podem viver em harmonia e caminhar juntos em nossa rotina – e em nosso corações. Porque algumas lembranças são simplesmente eternas.
são as boas lembranças do passado que constroem nosso melhor futuro. lindo texto. beijos.
Muito obrigada! Com certeza nosso passado representa o que somos hoje.
E viva às boas lembranças! Bjoooss
ADOREI!!! me emocionei muito…Graças a Deus essa cadeira só me trás recordações e lembranças maravilhosa e queridas…ela ficou linda e vai continuar a trazer momentos iluminados nesse seu novo Lar….
Tomara que ela dê sorte e que as boas lembranças continuem… obrigada pelo presente e pela restauração!
Bjooss
Lindo texto,fiquei com os olhos marejados. A cadeira também e muito bonita ficou um cantinho lindo.
Oi Josefa, muito obrigada pelo carinho! Essa cadeira significa muito para mim!
Obrigada. Bjooosss
Lindo texto.
Lembranças boas que aquece o nosso coração.
Te amo.
Verdade. Isso que importa na vida.
Te amo!! Bjooosss
Lindo texto…essa foto que fofa…….
[…] eles merecem um cantinho especial. Depois, veio a cadeira de balanço que era do meu avô. Ela foi restaurada e ocupa um lugar de destaque na sala… logo em seguida, eu trouxe uma mesinha de canto que era […]
[…] 3 de Fevereiro de 20157 de Janeiro de 2016 ~ lauramacedomusic Imagem retirada de http://casadacaubi.com.br/?p=5086 […]