O que mais pode acontecer?

Domingo é aquele dia meio de depressão. A gente sempre acha que não curtiu o suficiente o final de semana e passa grande parte do tempo pensando em como será a segunda-feira. Como eu fiz bastante coisa na sexta e no sábado, até que achei bom ficar assistindo ao Fantástico pra entrar no clima da segunda.

O grande problema é que ficar em casa não significa ficar quieta. Pelo menos não pra mim. De um jeito ou de outro sempre consigo causar comigo mesma, aprontar algum coisa e ter que limpar depois. E no domingo não foi diferente.

No meu projeto de preparação para o verão 2013 – apesar de tudo, ainda estou apostando na continuidade do planeta – está incluso um tratamento de cremes para clareamento de manchas na perna. Nunca entendi muito o funcionamento dessas coisas mas além de não poder tomar sol por enquanto, o creme deve ser usado apenas durante a noite, mantido na geladeira e por aí vai… para acelerar o processo quis passar o creme enquanto estava em casa. Como já estava no clima “vamos assistir às vídeo cassetadas” já vesti o pijama, passei o creme e fiquei de bobeira no sofá.

O sofá daqui de casa é um chase (aquele comprido, o qual podemos esticar as pernas), portanto se manter sentada nele é uma missão impossível e quando sentamos nele, viver se torna uma atividade secundária. Estava com o pensamento tão em outro planeta que esqueci da pomada e me joguei no sofá.

Obviamente a pomada encostou no sofá e o sofá é beje – claro que numa situação dessa a gente se arrepende em não ter comprado o preto.

E mais uma vez bateu o desespero pra tentar consertar aquela mancha enorme. E a correria se juntou à possibilidade de não sair a mancha. Não ia dar certo cobrir com um pano ou jogar uma almofada ali; a mancha tinha que sair. E na mistura detergente, alvejante e produtos de limpar carpete o que era pequeno virou um borrão enorme. Eu tinha certeza de que a mancha tinha saído, mas quem iria me garantir que o sofá não ficaria com aquela marca escura? Não tinha outra opção a não ser acelerar o processo: veio o secador de cabelo.

De forma rápida e criativa peguei o secador de cabelo pra arrumar aquela bagunça que consegui fazer em menos de 5 minutos sentada no sofá. O processo foi tão cansativo e tão demorado, mas a mancha finalmente saiu. Momentos de pânico mas o problema foi resolvido. Conclusão: perdi o Faustão e perdi o Fantástico e só consegui consertar o estrago que eu mesma fiz depois das 23h.
Que raiva do verão…

Lição do dia: antes de comprar um sofá, pense em tudo o que pode acontecer ali.