O fantástico mundo da farmácia

E hoje, quando precisava dar aquela passada semanal no mercado (juro que um dos poucos defeitos daqui de casa é a falta de espaço. Se tivesse mais armários na cozinha compraria estoque de limpeza e mantimentos por uns dois meses), vi que também precisava passar na farmácia.

Além de não ter desodorante, escova de dente e lâmina de barbear, nosso pequeno estoque de remédios estava precisando de abastecimento. Há exatos 26 dias não chove em São Paulo e o tempo seco só contribui para o consumo de pastilhas para garganta, xaropes para tosse, soro para o nariz e afins. Portanto, ir à farmácia era também uma questão de sobrevivência para continuar respirando nesta cidade com clima de deserto do Saara.

Então, depois do mercado, fui à farmácia. E eu parecia o gordinho na Fantástica Fábrica de Chocolate, só que o atendente não era o Willy Wonka. O moço me olhava como se eu fosse ter um ataque e cair dura no chão ou então tentar me envenenar com tanta coisa que eu pedi. Remédio para dor de garganta, resfriado, gripe nível 1, 2 e 3, tosse, dor de barriga, azia e má digestão, dor no corpo e até para ressaca. E olhando as prateleiras, fui lembrando que precisava muito daqueles produtos que estavam ali. Xampu, sabonete líquido, fio dental, lenços umedecidos, álcool gel, mousse para cabelo. Só coisas que eu realmente (sim, realmente) precisava.
Sabe aquela verdade que não podemos ir à padaria com fome? Então, não dá pra ir à farmácia sozinha e sem uma lista.  A tentação é muito grande e por pouco não comprei uma escova de cabelo e um refrescante bucal.

A minha cestinha ficou pequena. Nem se eu tivesse em uma loja de sapatos teria ficado tão descontrolada. Mas confesso, não resisti. Nada como comprar um esmalte novo pra dar um ânimo nesse comecinho de semana.
Definitivamente preciso pedir ao banco para impor limites ao meu cartão de crédito.

Lição do dia: quando a gente gasta mais na farmácia do que no mercado, tem alguma coisa errada… fica a dica.