Bravo, rígido e sério mas com um coração enorme. Assim era meu avô, que tinha seu lugar marcado na enorme mesa de jantar da família e se sentava antes de todos, para começar a picar a salada antes de servir o almoço.
Não misturava tomate com arroz e nos obrigava a tomar Biotônico ~ sem fazer careta ~ antes das refeições pra ficar forte. Amava os animais como ninguém e sua criação de cachorros da marca ‘fila’ (para ele era marca e não raça) era um de seus maiores xodós. Usava roupa social até aos domingos e conseguia reunir todos os netos no sítio nas férias de julho.
Aprendi a amar a vida no interior com ele e a construir castelos de areia no tanque que ele montou para os netos no fundo da casa. Nunca irei me esquecer quando minha vó se preocupava quando ele subia no sofá para dar corda no relógio e sempre saía alguém correndo para ajudar a segurá-lo. Curtia assistir à novela das nove e se tivesse alguma conversa fora dos “reclames” ele aumentava o som sem dó de ninguém.
Logo que aprendi a ler e escrever, sempre deixava um bilhetinho carinhoso ou um desenho colorido no meio da suas gavetas do escritório, só para ele ter uma surpresa para começar o dia e, tempos depois, descobri que ele guardava todos eles em uma coletânea dentro de seus livros com mensagens de fé e esperança.
A dor da perda só é superada pelo conforto das boas recordações que tenho dele ao longo da minha vida. E lembrar dele é acalmar um coração cheio de saudade. Esta não é uma mensagem de adeus, mas sim um forte abraço de “até breve”. Porque enquanto a gente não se encontrar novamente, por favor olhe por nós.
Saudades!!!Nair X Renata haftel
Que lindo ❤️
Obrigada!! 🙂
Que lindo e emocionante Gabriela ,papai era tudo isso e como ele te amava .
Em sua chácara as primeiras goiabas eram para você e não deixava ninguém pegar.Sao pequenos
detalhes que não esquecemos e que nos tornam felizes .Beijos
Verdade. São os detalhes que fazem a diferença e irei carregá-los para sempre em meu coração.
Obrigada! Bjoooss