Na cozinha

Confissão do dia

O post de hoje é um pedido de desculpas. San, me perdoe pela traição cometida. Confesso que infelizmente não pude resistir: fiz uma comida pronta. Daquelas preparadas, condimentadas, cheia de conservantes, gordura trans e todos os corantes mutantes.

O crime ficou ainda pior pois o instrumento de trabalho foi a ferramenta que você mais abomina: sim, ele mesmo. O micro-ondas. Aquele aparelho perverso e silencioso, que deixa qualquer comida pronta em menos de cinco minutos. E hoje não foi diferente. Em menos de 15 minutos eu estava jantando.

Se houver chance de defesa, tenho meus argumentos. Na correria do trabalho não tive tempo do lanchinho da tarde, cheguei em casa e fui direto pra academia. Corri como um hamster em sua gaiola e cheguei em casa com a fome do leão maluco após ser solto de uma jaula. Não tinha salsicha pra fazer com macarrão e achei que miojo seria o cúmulo de preguiça. Foi então que descobri no armário a solução rápida para o problema da fome, aliado a falta de vontade de esperar qualquer coisa no forno.

Aparentemente não tinha erro. Mais um pacote salvador da pátria com as instruções no verso e minha janta estava garantida. Certo? Claro que não. Eu juro que não sei qual o meu problema com manuais e receitas. Tento seguir do jeito que está escrito na embalagem mas por algum motivo cósmico, mágico ou astrológico, as coisas sempre dão errado. E dessa vez acho que a culpada foi a água. Confesso que coloquei um pouco a mais de água no recipiente, o que deixou o arroz um pouco estilo “diferente”.

No caso do risoto, tenho certeza que foi praga da San e do micro-ondas. E como a pressa é inimiga da perfeição  eis o resultado: uma papinha de carboidratos amarelos. Não ficou bonito e ainda muito longe do risoto tradicional. Mas fazer o que? Era o que tinha, então comi. Decorado com manjericão e tudo.

San, você me perdoa?

Lição do dia: sábio o moço que colocou a gula na lista dos pecados.

SobreCaubi

Paulista de sotaque e raízes caipiras. Aquariana, corinthiana, administradora, louca das plantas, eterna romântica e dona de casa amante de panos de prato, potinhos e canecas. Um pouco fotógrafa, aprendiz de escritora, cozinheira em evolução, artesã nas horas vagas e sempre otimista. Dramática e criativa, atravessando os 30 com histórias [quase] normais.

4 comentários

  1. Amei a sua” papinha”amarela . E o sabor com0 ficou ?
    A aparência esta boa. Eu te entendo quando a fome aperta somos capazes de fazer loucuras .
    Fique tranquila , tenho certeza que a San já te perdoou , ela é muito compreensível com suas pupilas “loucas” de fome .
    beijos Má

  2. Hahahaha e que fome!
    Já descobri que a gente não pode ir ao mercado nem tentar cozinhar com fome. Preciso ter calma e começar a jantar antes do desespero bater!!
    Bjoooss 🙂

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