O gnomo que vive por aqui…

Por Peu.

“Acho que sou perseguidos por criaturinhas pequenas e gostam de  me perturbar.
Quando eu morava com meus pais, minha mãe chamava a suposta entidade de “hominho da geladeira”. Aposto que muitos de vocês também tem um desse em casa…. eles são responsáveis por sumir com o último pedaço de doce que você guardou para comer depois, ou qualquer coisa que você guarda na geladeira achando que vai conseguir comer depois.

Desde que fui morar sozinho meus problemas são com o gnomo que mora lá em casa e some com minhas coisas. Ele já deve ter uma coleção de coisas minhas, coisas de todo os tipos, desde meus óculos de sol até alguns pés de meia, aliás ele deve gostar muito de meias rsrsrs.

Não sou uma pessoa muito organizada, mas também não sou tão bagunçado assim e não é possível perder algum objeto em uma casa do tamanho da minha. Para vocês terem uma idéia, já pensei até em comprar meias sempre iguais, assim se ele “sequestrar” um pé de cada par, ainda poderei juntar as duas que sobraram… rsrsrs

Já fazia um tempo que não sumia nada, já tinha até esquecido dele, mas esse final de semana mais um pé de meia foi raptado. Estou esperando a ligação pedindo o resgate, mas por enquanto não entraram em contato.

Como começou a história do gnomo… era uma vez um gnomo…

Essa história parece ser meio louca… e é mesmo, mas eu juro que não tomei nem uma cervejinha hoje (nem no dia da história).

Tudo começa há muuuuuito tempo atrás, quando eu ainda nem morava no estúdio.

Mesmo antes de morar, era aqui que eu passava praticamente todos os finais de semana. Entre ensaios, churrascos com amigos, festinhas ou apenas aquela bagunça que começa com apenas um convite e quando você vê já tem 30 pessoas no lugar.

Não lembro o que estávamos fazendo, mas uma certa noite depois de altas horas uma amiga decide ir embora e eu vou abrir o portão para ela tirar o carro. Assim que ela tirou o carro (de ré) eu fui fechar o portão, quando um vulto meio marrom meio verde passou correndo trás de mim e pulou no canteiro coberto por moitas. Na hora eu fiquei meio assustado, me despedi dela e fiquei olhando para as moitas. Tomei coragem e comecei a fuçar no mato pra ver se encontrava algo, mas não havia nada. Achei estranho, mas voltei pro estúdio e tentei esquecer.

No dia seguinte, não consegui tirar aquilo da cabeça e contei para meu amigo. Lógico que ele deu risada, falou que eu estava ficando bêbado com água, etc etc. Mas aquilo não saía da minha cabeça e liguei para minha amiga e, como o carro estava saindo de ré, se algo passou por mim ela também viu. Perguntei se ela lembrava de ter visto alguma coisa enquanto eu fechava o portão, ela disse ter visto um vulto verde e rápido passando e pulando nas moitas e pensou ser um sapo grande.

Calma: vamos pensar um pouco… “um sapo”? De onde ela tirou um sapo e quantas vezes você já viu um sapo no meio de são Paulo? Não sei quem é mais louco, ela por pensar ser um sapo e eu por pensar ser um gnomo… rsrsrs

Alguns dias depois conversando, com a mãe de um amigo que acredita em gnomos ela disse ser possível eles existirem e que são gente boa. Depois disso fiquei tranquilo… rsrsrs. Aconteceram outros “eventos” envolvendo nosso novo inquilino, mas isso é assunto pra uma outra história…

Ele parece ser gente boa mesmo, pelo menos nunca vi ele falando mal de ninguém… (nem bem também!). Pena que logo o meu gnomo é cleptomaníaco. 😛

P.S.: Senhor gnomo, caso o senhor leia o blog e esteja pensando em devolver algumas meias, por favor devolva logo ou terei que comprar meias novas.

Lembrete: meias com rastreadores via satélite seriam um sucesso de vendas.”