Não tá fácil

Cadê a vassoura?

Uma das minhas principais resoluções (e promessa!) para o Ano Novo é praticar o desapego das tarefas domésticas e tentar ser um pouco mais tolerante com a organização da casa. Confesso que tenho praticado bastante nestes últimos meses de volta à casa dos meus pais. Não é fácil dividir o guarda-roupa e não ter uma caneca exclusiva para você no café da manhã. Depois de estar acostumado a encontrar seus chinelos exatamente do mesmo jeito que você deixou, é necessário se adaptar à nova rotina.

E, entre todos esses desafios, o maior deles é manter a calma e a “cuca fresca” enquanto toda a minha casa (leia-se ‘minha vida’) está em standby. Sim, tudo o que eu tenho está encaixotado em um lugar entre meu passado e futuro, em um presente bagunçado e empoeirado.

Consegui encontrar uma sala ao lado do trabalho para guardar toda a mudança enquanto a casa nova está em reforma. O problema é que a sala está passando por uma grande obra ao seu redor. A imensa quantidade de pó é o menor dos agravantes, visto que meus móveis e eletrodomésticos estão protegidos pelo herói, o plastico-bolha. Ao lado desta sala, há material de construção, que se separa da minha mudança por uma elegante lona preta. Não sei como, mas cada vez que vou dar uma olhada na mudança ou tirar alguma medida, os objetos estão em um lugar diferente. Sim, dá até um pouco de medo em saber que eles se movimentam enquanto não há ninguém por perto.

Mas, o que mais me intrigou foi o dia que estava passando por ali procurando um pedreiro que iria trabalhar na minha casa. Estava organizando os detalhes da nova casa e perguntei a ele se havia na obra alguma vassoura velha que pudéssemos levar para amenizar o pó. Foi quando ele me respondeu: “aqui não tem nenhuma vassoura, mas atrás daquela lona tem uma novinha em folha que a gente pode usar”. Sim, quase caí de susto. Ele estava falando da minha vassoura, meu xodó de vassoura roxa, que combina com meu rodo e minha pá, todos em harmonia para uma lavanderia mais bonita.

Falei pra ele nem pensar em encostar naquela vassoura… era minha de estimação. Agora só estou torcendo para não encontrarem meu aspirador de pó!

DSC01943Lição do dia: praticar o desapego, missão do ano.

SobreCaubi

Paulista de sotaque e raízes caipiras. Aquariana, corinthiana, administradora, louca das plantas, eterna romântica e dona de casa amante de panos de prato, potinhos e canecas. Um pouco fotógrafa, aprendiz de escritora, cozinheira em evolução, artesã nas horas vagas e sempre otimista. Dramática e criativa, atravessando os 30 com histórias [quase] normais.

8 comentários

  1. Esse momento de transição não é fácil .Mas toda mudança causa um certo desconforto
    e depois vem o prazer …….só mais um pouco e terás sua caneca exclusiva …..Beijos

  2. Ai meu Deus…acho que no meio dessa obra perdi minha escada…kkkk…foi e não sei se volta…kkk

  3. Gabriela vc. não nasceu para se apegar muito em vassoura (isso é cosa da bruxa). Eu jamais te darei como presente vassoura, rodo e pá., para isso vc. estudou. Eu tenho verdadeira aversão por estes instrumentos. Se o pedreiro sumisse com a vassoura seria a sua sorte. Mil beijos

  4. Hahaha… o problema é que quem vai limpar tudo depois??
    Vai sobrar pra mim, então é melhor economizar pra usar a mesma vassoura hahaha

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