Uma pausa

Independência ou sorte?

30 set 2014 • por Caubi • 0 Comentários

Quando era mais nova, o que eu mais queria era ser independente. Ir sozinha à escola – e ter autorização para sair desacompanhada – ou dispensar a carona dos pais para as festas aos finais de semana; comprar tudo o que eu quisesse com meu próprio dinheiro ou assistir tevê durante uma madrugada inteirinha.

Hoje, não tenho mais mesada mas sou completamente dependente (e amarrada!) das contas da casa. Torço para não ter que dirigir a uma balada (ou não ser o motorista da rodada) e atualmente, as noites de insônia em frente a um programa de tevê acabam com a produtividade do dia seguinte. Ironia ou não, conquistei tudo aquilo que mais desejava na adolescência mas nem tudo isso me faz completamente feliz.

Ser independente é ser responsável. Acordada, dormindo, nas férias, feriados e dias santos. É aceitar a situação de que ninguém além de nós mesmos está no controle e ser maduro o suficiente para saber que todas as nossas ações geram suas próprias consequências e não há ninguém que possa responder por elas.

Confesso que muitas vezes queria entrar em uma máquina e voltar no tempo: pedir ajuda para os meus pais com aquela mesada extra no final do mês, uma força com o dever de matemática ou aquele colo no meio da noite quando ficava com medo do escuro. Como não dá mais, tenho que me virar como posso e com a ferramenta que tenho em mãos: a maturidade.

Ser madura, responsável e independente: como é difícil crescer. Ser tudo isso ao mesmo tempo e ainda andar de salto alto parece impossível, até que a gente consiga. Quando a gente tenta com o coração, nunca é impossível.

E junto com a independência também chegam alguns benefícios como superação, autocontrole e equilíbrio. Saber que conseguimos vencer nossos medos é algo que nos traz segurança para continuar nossa caminhada e nos motiva para continuar a romper barreiras cada vez mais complicadas. Ser independente é saber onde estão seus limites e trabalhar para melhorá-los sempre. Mas nada impede que, de vez em quando, a gente busque aquele aconchego nos braços e nas palavras que só uma mãe consegue nos dar quando nos sentimos sozinhos.

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