Uma pausa

E se fosse com você?

Quando um grande problema aparece, normalmente ele vem acompanhado por uma infinidade de conselhos sobre como devemos ser fortes para superá-lo. Falar “eu sei  como você se sente” é realmente a parte mais fácil. Difícil é se colocar no lugar do outro e sentir na própria pele todo aquele sofrimento que, de longe, nos parece tão simples e passageiro.

Fácil é julgar. Difícil é entender. Fácil é olhar mas difícil mesmo é agir. Muitas vezes um abraço vale mais que mil palavras e falar nem sempre é necessário. Se for para sentir pena do problema do outro, não é preciso ouví-lo. Por maior que seja o problema, ninguém precisa ser tratado como coitado. Compaixão significa outra coisa.

Ao invés de criticar, tente se imaginar naquela situação. Você faria o mesmo? Faria diferente? Teria a mesma força e a mesma coragem para seguir em frente? Conheço muita gente que me criticou por passar tardes de tristeza sozinha e em silêncio dentro de um quarto escuro, mas posso afirmar que a maioria não teria forças para escolher o caminho que segui. Afinal, o que é certo para você é necessariamente o certo para mim?

Diariamente cruzamos com pessoas e julgamos suas boas (ou más) escolhas. Mas o erro começa em não saber quais as pedras e dificuldades estas pessoas superaram para estar ali. Não conhecer o problema é um erro mas julgá-lo é pior ainda.

Não há regras para ser feliz. Cada um deve seguir com os valores que acredita e mantê-los, independentemente da opinião alheia. Nem sempre é agradável calçar os sapatos de outras pessoas: você não sabe se é largo ou onde é que ele aperta. Cada pé tem um formato diferente e anda de acordo com seus próprios passos.

Antes de achar o que é certo ou o que é errado, que tal pararmos para pensar: “e se eu estivesse no lugar daquela pessoa, será que eu iria aguentar”? Acredite, na maioria das vezes a resposta será muito mais difícil de ser respondida do que pensávamos. E aí é que começa o limite do respeito e admiração ao próximo.

1724701_1400808516841981_1801013023_n

SobreCaubi

Paulista de sotaque e raízes caipiras. Aquariana, corinthiana, administradora, louca das plantas, eterna romântica e dona de casa amante de panos de prato, potinhos e canecas. Um pouco fotógrafa, aprendiz de escritora, cozinheira em evolução, artesã nas horas vagas e sempre otimista. Dramática e criativa, atravessando os 30 com histórias [quase] normais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *