Uma pausa

Sobre o dia 12 de junho

 

12 de junho: dia dos namorados. Se você vai passar esta data desacompanhado, não desanime. Você não está sozinho. Este texto é para você.

Você, que chegou até aqui com uma bagagem repleta de aventuras e desilusões amorosas tão pesadas que nem sabe como foi capaz de carregá-las e que com o tempo elas só ficaram mais pesadas e as costas começaram a doer. Você não é o único: todos nós carregamos nossa própria história e sim, em alguns trechos da nossa caminhada e da nossa vida, ela vai machucar as pernas, os pés e o coração. Em muitos momentos você pensou em desistir, mas uma força – que você nem sabia que existia dentro de você – foi capaz de te manter vivo e te fez continuar andando e olhando para frente. E acreditando.

Acreditando porque mesmo nos momentos de tristeza, você olha para aquele casal de velhinhos andando lado a lado de mãos dadas na rua e sabe que ainda há esperanças. E comédias românticas.

Atualmente a sua bagagem se tornou um punhado de antiguidades, histórias e memórias as quais não podemos jogar fora ou desfazê-las pois elas já fazem parte da nossa história. Não precisamos olhar sempre para elas, basta apenas saber que elas existem e que são as grandes responsáveis por ter formado a pessoa que somos hoje e os valores os quais acreditamos.

E, mais importante do que querer ter alguém nesta data, é saber que aquilo que não te agrega não vai ter fazer completamente feliz. Sabe aquela frase “antes só do que mal acompanhado”? adote-a para o dia de hoje e para a sua filosofia de vida. Porque enquanto aceitamos migalhas dos outros, estaremos sempre insatisfeitos, cansados e com fome.

Isso foi o que a vida me ensinou e está guardado junto com a minha bagagem: eu sou completa, eu sou inteira e devo ser feliz por mim mesma. Não deixe ninguém te convencer do contrário. Ninguém tem este direito e você não pode ceder isto a ninguém. Sua história é só sua e só você deve permitir com quem compartilhá-la.

Por isso hoje – e sempre – joguei o meu destino para o que o universo se encarregue de trazer para mim o que eu mereço e não necessariamente o que eu preciso. Porque a vida sabe o que somos capazes de carregar.

E enquanto esse dia não chega, serei feliz, plena e tranquila porque precisamos aproveitar o passeio sem pensar no ponto final.

SobreCaubi

Paulista de sotaque e raízes caipiras. Aquariana, corinthiana, administradora, louca das plantas, eterna romântica e dona de casa amante de panos de prato, potinhos e canecas. Um pouco fotógrafa, aprendiz de escritora, cozinheira em evolução, artesã nas horas vagas e sempre otimista. Dramática e criativa, atravessando os 30 com histórias [quase] normais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *